Poetadasalmas
A dor, a perda! Todas as lágrimas exaustas. O sofrimento descrito com tanta sinceridade.
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Quando todo, todo o mundo for demais, deixe o tempo passar... 

A cidade inteira ainda será a mesma em meu esconderijo secreto.
Lá tem uma velha estrada de terra, onde eu corro ao pé da serra, no quintal de meu velho Pai, onde o pinheiro alto está.
Sempre quando a chuva cai eu sinto o cheiro de água e terra, vou lá caminhar, para ver o pôr do sol por trás daquela serra passar, e na montanha esparramada eu me lembro de você.
Quando estou esgotado, deixo as luzes se queimarem e o mundo mudar é lá onde eu vivo, é lá o meu esconderijo secreto de onde minhas orações vem e as guardo em todo o meu coração.
Sei que já sonhei demais, mas, hoje eu quero a sua enxada capinando na roçada dos meus íntimos quintais, e quando a roça florescer e alguém vir de passagem, hei de ser uma paisagem que só me faz lembrar você.
Ainda posso ouvi-lo correndo em meu esconderijo secreto, onde guardo meu coração, de onde Minh ‘alma vem, para onde corro de volta a minha terra natal, quando esgotado estou!

Mas, quando o poço lá secar, estas minhas magoas bem na raiz, onde ninguém vê, irei me enterrar neste chão imponente, forte e radiante... Para então deixar passar todo o vento e secar as folhas sem desafetos.


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Luciano D’Alessandro

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Enviado por poetadasalmas em 19/09/2020
Alterado em 29/06/2023
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